quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Crônica: A banalização do amor!

 Crônica: A banalização do amor!

O amor, sentimento tão lindo e tão almejado em outros tempos, hoje se vê em seus piores dias. Outrora feliz era quem o encontrava, hoje é um relés careta.

O legal mesmo é curtir a vida, ser pegador ou pegadora. Homens e mulheres de 30, 40 e 50 se achando os adolescentes na balada. A manutenção da relação afetada pelos fatores mais banais.

Relações se perdendo, famílias se desfazendo, e tudo, por um sonho surreal de liberdade. Os jovens tendo filhos cada vez mais jovens. Os mais velhos com atitudes cada vez mais infantis.

O amor da sua vida encontrado a cada seis meses. Fotos em passeios, fotos de brindes, fotos de jantares e fotinhos nas viagens. Todas com juras de amor eterno. Até a chegada do próximo, e do próximo, e do próximo.

Pessoas são descartadas, e novas são adquiridas como roupas. A doença e o mal do século, a depressão, que surpresa... Pessoas e seus smartphones conectados 24 horas em uma falsa sensação de companhia. É a proximidade de quem está longe e o afastamento de quem está perto.

Perdeu-se o carinho, o afeto, a parceria, perdemos o respeito. Nos surpreendemos com a separação do casal famoso, mas não com a separação de nossos amigos, de nossos pais, ou de nós mesmos...

Os poucos que ainda buscam o amor, tem listas de exigências que fariam qualquer cupido pedir demissão por incapacidade profissional, dada a incoerência do que é ofertado com aquilo que é requisitado.

Resta encontrar pelo acaso, mas o acaso nunca é certo, mesmo quando acerta, ainda assim é desprezado. Pois o amor até é bonitinho, mas, enjoa rápido demais.

Tem muita oferta por ai, se um se for... vem oito mil. Por que ter apenas uma, com tantas possibilidades por ai. O negocio é experimentar, amar, transar, largar, pegar, voltar, trocar... Intercalar!

Tem que aproveitar com os errados até o certo chegar. E se chegou, depois a gente vê, afinal, o amor acontece toda hora.


Fabio Baptista (Instagram)

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